quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

QUEM ESTÁ NO COMANDO?

QUEM ESTÁ NO COMANDO????

O comandante pode ter vários perfis. Vou destacar três aqui:

Existe o comandante de projetos .
Ele usa o tempo, os recursos, o espaço e as pessoas para o bem do projeto, essa entidade teórica, muitas vezes, compreendida apenas na cabeça dele.
Ele não se ocupa dos detalhes, não providencia os recursos na medida da necessidade, e as pessoas..... Bom pessoas são mais um recurso. Para que informá-las do projeto?Para que atualizá-las? Para que prepará-las? Para que valorizá-las?
O tempo urge, para esse comandante, e as pessoas entrarão em cena na hora que o projeto necessitar delas. Serão uma peça da engrenagem, para um serviço específico ao seu tempo.


Existe o comandante da auto projeção.
Ele usa o tempo, os recursos, o espaço e as pessoas para o seu próprio ego, essa entidade ensimesmada, focada no próprio umbigo, preocupada com seu palco e seu show particular.
Para quem olha de fora parece que ele está muito ocupado: corre pra lá, pra cá, grita, dá ordens, repete mil vezes as mesmas recomendações, todas para que seu umbigo brilhe!
Recursos? Alguém que os providencie .
Espaço? Providenciem por favor, e de preferencia o mais iluminado possivel.
Pessoas? Ué? existe mesmo alguém no mundo além dele?

Existe o comandante de pessoas. Ele usa o tempo, os recursos e o espaço para que o potencial de cada pessoa desabroche!
Ele se ocupa das pessoas.Ele as conhece pelo nome. Ele é incapaz de encontrá-las sem lhes dar um abraço, uma aperto de mão e perguntar com um sincero interesse: "como estão as coisas" ?"como vc está?".
Ele prepara as pessoas, se comunica com elas sobre o projeto, deixa sempre a porta aberta num fluxo constante de comunicação e interação, tanto do ponto de vista pessoal quanto do ponto de vista técnico-profissional.
Ele dá o crédito ao trabalho das pessoas , ele sabe que o projeto depende delas.

Agora vamos ver as reações de quem trabalha com os citados comandos:

Com o primeiro tipo voce se sente traído, pois quando você é chamado para compor a peça que faltava no projeto, se sente jogado às feras, sem as informações necessárias, sem tempo de interação, e evidentemente o seu potencial no projeto não atingi a plenitude. Deixamos a desejar .
E o projeto? Que Deus se apiede dele!

Com o segundo tipo você sai com raiva, chateada, com a nítida impressão que se não estivesse lá não faria falta nenhuma.
Há um desconforto e um sentimento de menos valia .
E o projeto? Se o ego é grande ele dá um jeito de aparecer assim mesmo!


Com o terceiro tipo você sai feliz. Realiza o seu trabalho, é chamado e tratado pelo nome, reconhecido, com os recursos todos á mão, e no comando está alguém realmente preocupado conosco, com o nosso bem estar,com o nosso preparo, com o nosso conforto, com o nosso pagamento, com tudo que nos envolve no projeto.

E o projeto? Vai bem obrigada.


Stella Junia





4 comentários:

Unknown disse...

Excelente o texto! É uma pena que o terceiro tipo seja a minoria. Enfim... Até que ponto vale a pena dançar de acordo com a música? E onde entra NOSSO projeto de qualidade de vida? Terá que ficar sempre dependente do comandante? Que Abba nos dê sabedoria para suportarmos aqueles que nos vêem como peças e nao pessoas...

Ludlinda disse...

Adorei o texto !!! É uma verdade e um alerta que devemos ter quanto a liderança que estamos exercendo, ou a que estamos submetidas. Atualmente é muito comum nos depararmos com verdadeiros zumbis que aceitam qualquer tipo de exigência e comando. Será que não é o momento de encontrar uma liderança que propicie crescimento , em que possamos nos sentir valorizados e realmente participantes do processo? Acho que a vida espera muito mais de nós do que a subserviência... somos capazes de tomarmos as rédeas da nossa vida e fazer acontecer. Como já dizia o poeta Torquato Neto :"só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder."

leticia magna disse...

Lindo! Minha mãe que me avisou deste texto! Bote isso nas paredes do STBSB!

Paula disse...

Maninha,
concordo em gênero, número e grau com essas descrições.
Tive a possibilidade de ter meu caráter forjado por cada um desses "comandantes".
Cheguei a conclusão que os dois primeiros exemplos tb nos são úteis, na nossa passagem pela vida. Sabe o que a gente aprende com eles? A fazer exatamemente TUDO ao contrário do que eles fazem. Se eles não existissem talvez não valorizássemos tanto o terceiro exemplo.
C'est la vie! Mas, venceremos!!!
Bjo Gde.